“O dia em que te conheci”: O amor enredado na teia do esquecimento

Fevereiro será sempre conhecido como o mês do amor. Eu que até nem sou muito de romances tinha escolhido, para os desafios de leitura do Plano Nacional de Leitura e para o The Bibliophile Club, o romance “O Leitor”, da Asa. Era a segunda vez que ia pegar neste livro para o ler… E mais uma vez teve de regressar à estante. Ainda não foi desta que o consegui terminar, não me perguntem porquê. Mas não deixei de procurar um romance para ler neste mês de Fevereiro e descobri este “O dia em que te conheci”, de Rowan Coleman editado pela Topseller. Fui vendo feedback sobre ele em várias contas de bookstagramers e decidi que era uma boa adição para a lista de livros de Fevereiro que tinha partilhado convosco. Vamos ver como foi este “o dia em que te conheci”?
“O dia em que te conheci”: Como Rowan C0leman nos surpreende com a sua escrita
O romance “O dia em que te conheci” conta-nos a história de Claire Armstrong e a forma como a sua vida mudou repentinamente quando recebeu o diagnóstico de Alzheimer precoce. Na sinopse disponível na Wook podemos ler:
Quando a memória já não consegue guardar o amor… o que nos resta?
Através de um livro de memórias, que vão construindo em família, recolhem as peças de uma vida que não estão preparados para deixar desaparecer. Até que a relação que surge de um encontro casual com um homem misterioso leva Claire a interrogar-se sobre o futuro do seu casamento e da sua família.
O foco deste livro é a forma como o mundo de Claire se vai estruturando segundo uma nova realidade. Aquela de que ela se recorda ter atingido o seu pai. Uma realidade em que tem de lidar com perdas de memórias que vão sendo cada vez mais constantes mas em que continua a existir lugar para o amor. Não se costuma muito escrever sobre a realidade das relações quando uma doença degenerativa entre na dinâmica de um casal. Afinal de contas… Quem quer ler sobre uma história de amor em que uma das personagens começa a perder a noção de com quem se relaciona? Rowan Coleman mostra-nos a importância de falarmos sobre estes assuntos, mesmo que sob a forma de romance. Doenças como o Alzheimer e a Parkinson vão estando mais presentes, mas isso não significa que as relações entre as pessoas tenham de deixar de existir de imediato.
“O dia em que te conheci”: A minha visão sobre o livro
Conforme vos escrevi mais acima, “O dia em que te conheci” não foi a minha primeira opção para ler no mês de Fevereiro. Mas acabou por ser uma bela surpresa! Conforme escrevi no Instagram, não sou propriamente uma adepta de romances… Não vos sei dizer porquê mas não costumam ser a minha primeira opção. Mas fui surpreendida por este livro da Rowan Coleman! É de leitura fácil, faz-nos ficar presos à história de Claire e mostra-nos como as partidas do cérebro se podem tornar numa bela história de amor. A leitura deste livro fez-me ficar com curiosidade em ler outros livros desta autora. Afinal, é possível dar lugar aos romances na minha lista de livros!
A autora torna a evolução da Alzheimer precoce de Claire uma viagem no desconhecido e consegue prender-nos com a sua escrita despretensiosa. Mostra-nos que o amor pode surgir em qualquer idade e a qualquer momento. Basta que nos mantenhamos despertos, independentemente da nossa condição, e receptivos a deixá-lo entrar nas nossas vidas. Este “O dia em que te conheci” é a celebração dos acasos da vida e de como eles nos podem dar um novo alento e rumo, mesmo no meio da adversidade. No fundo, este livro mostra-nos que nunca devemos fechar as portas ao amor, qualquer que seja a circunstância ou a dificuldade em que nos encontramos. Ele vai surgir!
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